De repente,
a folha caiu
e o vento a levou
e foram ambos correndo o mundo,
sem pensares,
sem fadigas,
cantando,
zunindo,
juntinhos,
marrons.
a quintessência
habitada na esperança
vagando
nos ares
iguais borboletas
azuis,
amarelas.
Viajaram sobre rios
de aljôfares brilhantes,
aromatizaram as estradas negras
com a brisa mais cálida que o vento
pode buscar num tempo ávido de luz,
soltos o vento e a folha,
num abraço doce,
embalados ambos
com a balada eterna
dos enamorados.
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