sábado, 18 de fevereiro de 2012

CONSELHO




Os rios correm sempre pela mesma estrada
e nessa estrada vão levando nascimento e vida.
De repente, 
encontram no caminho, 
o homem traiçoeiro mudando seu curso 
e atrasando a natureza.
No revide, lá na frente, 
a natureza cobra - e chega doida:
vendavais, terremotos, erosões.
O homem corre a esconder-se
com medo de ser morto e sepultado
pela força que destrói o seu trabalho.


A natureza tem razão,
pois é bem camarada,
e sofre e chora quando maltratada.
Pressionada, se transforma,
pelo pavor de ver que destruíram
sua imortal contemplação.


E o homem reproduz a fé na vida,

buscando sempre outra obra executar.


Daqui um conselho:
deixe em paz a natureza tão divina,
porque desta vida você desaparece,
mas a natureza não morrerá jamais.




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