sábado, 11 de janeiro de 2014

"FUMAÇA"



Era esguia
a mulher que seguia
cabisbaixa e fria
pela estrada que conduzia
à imensa pradaria.
Braços jogados, 
como que soltos do resto do corpo.
Olhos semicerrados, 
assim como fazem os doentes
sob o peso de um mal incurável.
...
De repente, um baque,
um corpo rolando
na ribanceira infinita
daquele mundão esquecido.
...
Ninguém viu.
...
Nem tinha nome
aquela alma penada
que desistia da vida de vez.
Quem seria 
a mulher desaparecida
debaixo do verde tapete
daquela pradaria?