Por essa viela estreita
passam sonhos, passam medos,
passa o Mal e passa o Bem.
Tão depressa como a vida
indo embora todo dia,
vem Josés, vão-se as Cidas,
passam Anas e Marias,
velhos, moços, menininhos,
deixam suas marcas pelo chão.
Debaixo da ponte corre
um fio de água tão ralo
que as pessoas mal percebem
- são suspiros do Guapé -
Antes, formoso e potável,
viscoso e até navegável;
hoje, bem fragilizado,
um passeio em seu leito
mal me molha os meus pés.
- ano de 2.008 -
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