No ventre da mataria,
as aves no cio
evocam amores
sombrios
que o tempo vai varrendo
e leva embora.
Resfria-se a terra
nas sombras e musgos da noite
e o elo do ocaso
perdendo a razão
vai jogando pra longe
e pra fora
a essência da vida
que se faz indecência,
pois nem Deus se lembra
para que a criou
no ventre da mataria.
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